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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Lopes representa Epitácio na luta em defesa da malha ferroviária
Foi instalada a Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, coordenada pelo deputado Mauro Bragato (PSDB). Após aprovação do regulamento interno da Frente foi eleito o vice coordenador, deputado Welson Gasparini (PSDB), e criada uma subcoordenadoria para tratar do ramal ferroviário que liga Santos a Cajati, proposta do deputado Samuel Moreira, que será o subcoordenador.
A Frente busca soluções para a expansão e o aproveitamento do que resta da malha ferroviária paulista após a privatização da Fepasa e de sua transferência para a Ferroban, hoje América Latina Logística – ALL. A situação da rede ferroviária no Estado, com pequenas exceções, é de abandono e sucateamento, já apontados no relatório do deputado Bragato para a CPI das Ferrovias, encerrada em 2010.
Durante o encontro, que teve a participação de deputados, prefeitos, vereadores e sindicalistas, três palestrantes apresentaram dados e análises sobre a situação da rede paulista.
O vereador Rosmen dos Santos Lopes (PSDB) representou o prefeito de Presidente Epitácio, José Antônio Furlan (PR), alegando o mesmo que segundo a sua opinião, a concessão feita beneficiando a ALL Logística (pelo Governo Federal), não foi a melhor forma de se resolver o problema das ferrovias, visto que, a beneficiada se preocupou apenas com a parte boa da ferrovia, onde transporta minérios, não se importando com os outros trechos em que é concessionária, em virtude de um transporte menor.
Josef Barat, economista, consultor e ex executivo de empresas públicas, apresentou dados que comprovam que apesar do crescimento dos últimos anos, o transporte ferroviário responde por apenas 25% do transporte de cargas no país, com alta especialização nos produtos transportados. Segundo Barat, 90% da carga transportada abrangem apenas 10 produtos, com predomínio do minério de ferro que responde por 75%.
O especialista afirmou que um dos problemas para o Estado é que São Paulo perdeu seu poder de decisão, pois a rede é concessão federal e as concessionárias só respondem a Brasília. “Quase toda nossa logística de transporte é dependente de decisões do governo federal e a nossa expectativa é que a frente possa assumir um papel vigoroso na defesa dos interesses do Estado”.
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