Dados apresentados pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) apontam um aumento no número de mortes por Aids na região de Presidente Prudente. De acordo com o levantamento, entre os 45 municípios atendidos pela DRS-11 (Divisão Regional de Saúde), foram registrados 81 óbitos, no período de fevereiro de 2009 a dezembro de 2010, sendo 33 em 2009 e 48 no ano seguinte. Ou seja, um aumento de 45,4%.
A Fundação Seade também divulgou os dados referentes ao Estado de São Paulo que, no período de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, registrou 3.249 mortes pela doença. Ainda de acordo com o Seade, entre os municípios que contabilizaram o maior número de óbitos em 2009 estão: Prudente (15), Dracena (5), Presidente Epitácio (4) e Álvares Machado (2).
Considerando os óbitos de janeiro a dezembro de 2010, Prudente contabilizou 15 mortes, Dracena seis, Presidente Epitácio e Teodoro Sampaio quatro, Presidente Venceslau três, Martinópolis, Irapuru, Rancharia e Panorama, duas mortes. "A principal causa de mortes por Aids hoje é o diagnóstico tardio da doença", afirma o farmacêutico e coordenador-adjunto do Programa DST/Aids em Presidente Prudente, Jefferson Antônio Saviolo. Ele cita que, até 2015, o Ministério da Saúde determinou a realização de pelo menos um teste de HIV ao longo da vida. "Como estamos próximos do feriado de Carnaval, a meta é realizar o teste em heteros e homossexuais, dos 15 aos 24 anos, conscientizando de que o uso do preservativo é a melhor prevenção contra a DST e também, de uma gravidez indesejada", menciona.
Saviolo explica que, hoje, as pessoas podem realizar o teste rápido e ter um diagnóstico. "As pessoas ficam receosas de realizar o teste, porém a aceitação tem sido boa com o passar do tempo", revela. E acrescenta: "Quanto mais cedo o resultado sorológico, mais fácil o tratamento". Jefferson ressalta ainda que o vírus pode permanecer no organismo sem se manifestar por até 15 anos. "O sexo seguro é a melhor forma de prevenção", conclui.
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