Nesta quinta-feira, dia 24, os trabalhadores demitidos do frigorífico JBS Friboi de Presidente Epitácio vão decidir se aceitam ou rejeitam a proposta apresentada pela empresa ao Ministério Público do Trabalho (MPT) por conta da demissão em massa realizada no dia 1º de setembro deste ano, quando mais de 1.100 funcionários perderam o emprego com o fechamento daquela unidade de produção.
Na quarta-feira (16), representantes do grupo JBS participaram de audiência na Procuradoria Regional do Trabalho em Presidente Prudente. Na oportunidade, eles apresentaram a proposta de compensação pelas demissões em massa: quatro cestas básicas para cada trabalhador demitido. Como uma cesta básica já foi fornecida, o benefício seria estendido por apenas mais três meses.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Carlúcio Gomes da Rocha, classifica a proposta do grupo JBS como irrisória. "É muito pouco para uma empresa do porte do grupo JBS", pontua. Em sua opinião, tudo indica que os trabalhadores deverão rejeitar a proposta na assembleia prevista para a essa quinta-feira. Rocha faz questão de reforçar o apelo para que os trabalhadores demitidos do JBS Friboi participem da assembleia na próxima quinta-feira, dia 24, às 10h, na rua Belo Horizonte, número 2, quadra 44, centro, ou seja, em frente a unidade desativada de Presidente Epitácio.
A procuradora regional do Trabalho, Renata Crema Botasso, também classifica a proposta feita pelo grupo JBS como insuficiente para compensar os danos causados pela demissão em massa de mais de 1,1 mil trabalhadores. "Eles alegaram que não podem oferecer mais, uma vez que pagaram todos os encargos referentes as demissões, como determina a legislação. Mas, se a proposta for rejeitada pelos trabalhadores, formalmente em uma assembleia, o MPT deverá ingressar com alguma medida judicial contra a empresa", informa.
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