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sexta-feira, 3 de maio de 2013
Remuneração nas MPEs paulistas aumenta mais do que média nacional
Rendimento dos ocupados nos pequenos negócios cresceu 8% em 2012 na comparação com o ano anterior; já a renda geral no País subiu 4,1%
O rendimento de quem trabalha nas micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas subiu em ritmo bem mais forte do que a remuneração média nacional em 2012. A renda do pessoal ocupado nas MPEs teve aumento real (já descontada a inflação) de 8% ante 2011, segundo a pesquisa Indicadores do Mercado de Trabalho nas MPEs, do Sebrae-SP. No mesmo período, o rendimento dos ocupados do País, representado pela média das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras, registrou crescimento de 4,1%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por setores, o aumento no rendimento foi igual para indústria e comércio, de 8,5%. Serviços apresentou elevação um pouco menor, de 6,7%. Cada empregado das MPEs recebeu R$ 1.271,17 mensais no ano passado, em média.
Na análise por regiões, o rendimento do pessoal ocupado teve a maior alta no ABC (11,6%), seguido por interior e região metropolitana de São Paulo (7,9% e 7,8%, respectivamente). Na capital paulista, o aumento foi de 6,6%.
O valor da folha de salários paga aos empregados das MPEs de São Paulo cresceu 10,6% de 2011 para 2012, chegando a R$ 76,3 bilhões para o universo das MPEs paulistas, uma diferença de R$ 7,3 bilhões no período.
Quanto ao total de pessoal ocupado nas MPEs, 2012 encerrou com um contingente 1,2% superior ao do ano anterior. O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que teve aumento de 3,1% no pessoal ocupado. No comércio, a variação de 0,1% configurou estabilidade, enquanto que na indústria houve recuo de 0,7%.
Ao todo, as MPEs são responsáveis por 7,2 milhões de postos de trabalho no Estado, o que representa 54% dos 13,2 milhões de ocupados no setor privado não-financeiro em São Paulo. Houve uma evolução no confronto com 2009, quando a crise internacional teve impacto mais acentuado na economia brasileira e a participação das MPEs era de 47%.
“Os resultados da pesquisa são positivos, pois mostram que as MPEs têm registrado aumento do nível de pessoal ocupado, acompanhando a recuperação da economia brasileira dos efeitos da crise internacional de 2009”, destaca o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. “Com a melhora no mercado interno e no consumo, o rendimento médio por empregados e o valor da folha de salários também apresentaram aumentos reais”, acrescenta.
“A pesquisa traz dados inéditos sobre o mercado de trabalho nas MPEs paulistas. Ela abrange empregados, pessoal terceirizado, sócios e proprietários e também os familiares que atuam no negócio, sem remuneração”, diz Pedro João Gonçalves, consultor do Sebrae-SP e coordenador do levantamento.
“Temos agora mais uma importante ferramenta para mensurar o desempenho das micro e pequenas empresas”, afirma o Caetano. A partir deste mês, os dados sobre o mercado de trabalho nas MPEs paulistas passam a ser divulgados mensalmente na pesquisa Indicadores Sebrae-SP. A pesquisa Indicadores Sebrae-SP completa 15 anos em 2013 e avalia mensalmente a situação das MPEs paulistas ante as mudanças na conjuntura econômica. A pesquisa é realizada com a colaboração da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Distribuição
De acordo com o estudo, uma MPE tem, em média, 4,59 trabalhadores. Dos 7,2 milhões de ocupados, o comércio responde por 3,2 milhões (44% do total), 2,8 milhões estão em serviços (40%) e 1,2 milhão (16%) na indústria.
O estudo mostra ainda que, por categoria de ocupação, tem-se 4,8 milhões de empregados (66%), 2,2 milhões de sócios-proprietários (31%), 154 mil familiares sem remuneração (2%) e 66 mil terceirizados (1%).
Por sua vez, a maior parte das MPEs (53%) está no comércio. Serviços representa 37% das MPEs e a indústria de transformação, 10%.
Contato para a imprensa:
Máquina Public Relations a serviço do Sebrae-SP
Carolina Mussolini – Assessora de Imprensa
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