Nelson Roberto
A juíza Priscila Maedori Maezato, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Presidente Epitácio, concedeu liminar de reintegração de posse à Colagoa – Cooperativa Agrícola Mista da Lagoa São Paulo. Em sua sentença a juíza decidiu a posse da Colagoa que foi comprovada por meio de documentos. Ela explica que o esbulho praticado pelos réus está documentado, inclusive com veiculação na imprensa local e regional, comprovando a invasão e a perda da posse. “Sendo assim, defiro a reintegração de posse da área de terra descrita na petição inicial, expedindo-se mandato de reintegração de posse em favor da Colagoa, com a fixação de multa de multa de R$ 1.000,00 para cada invasor, em caso de descumprimento da ordem”.
A juíza autorizou ainda o uso de força policial se necessário for.
A área em questão fica nas glebas 612 e 613 do Projeto Lagoa São Paulo, no perímetro 10º de Presidente Epitácio, de aproximadamente 15 hectares, no quilometro 17 da Vicinal SPV – 071, Prefeito Elio Gomes, na bairro Campinal.
Consta que o ‘réu’ Milton David da Silva, na condição de líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, e um grupo de aproximadamente 150 pessoas, invadiram o referido imóvel rural no dia 1º de setembro, cuja invasão foi concessão de liminar.
Em visita à redação do Jornal Debate Noticias o líder do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Milton David da Silva disse que haverá resistência por parte dos membros do movimento. “Já foi definida sobre a criação da Vila dos Ribeirinhos e já existem 700 famílias cadastradas e a vila contará com moradores oriundos da beira do Rio Paraná que não foram contemplados com indenizações da Cesp. São ribeirinhos e filhos de ribeirinhos que vão formar uma grande vila em terrenos de 250 metros quadrados em toda a área que conta com 27 alqueires”, disse Milton.
Milton explicou ainda que está entrando na justiça com uma contestação, já que a Colagoa está com uma diretoria com cinco membros que não são do Projeto Lagoa São Paulo e sim de outros assentamentos do Estado. “De acordo com a Lei do cooperativismo os sócios com direito a voto precisam ser do projeto e estar em dia com suas obrigações”.
Outro detalhe é que o MTST está no quilometro 16 e não no 17 como alega a diretoria da Colagoa e que existem três presidentes ativos – Rafael Cestari de Campos, Gerônimo Ribeiro e Lino de Macedo e por fim que a nova diretoria está com gestão de quatro anos e pela Lei só poderiam ficar por dois anos na presidência.
O atual presidente da Colagoa – Lino de Macedo foi procurado pela reportagem, mas não quis dar esclarecimentos à população sobre as alegações do líder do MTST Milton David da Silva.
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